quarta-feira, 30 de março de 2016

BANDAS DE SEXTA E INGRESSOS

6 bandas de rock an roll pra você!
Olá, pessoal!

É hoje!

Dia de conhecer as bandas que você curtirá na sexta-feira (15/4), no Grito Rock TC 2016; e de saber onde e como você pode garantir seu ingresso!

A grande boa nova é que o Grito Rock TC 2016 trabalhará com preços populares. Você poderá curtir 6 espetáculos com custo a partir de R$5,00 cada (na compra antecipada para os 2 dias): não podia ser melhor!

Agora dá só uma ligada no que espera por você!!!

ESPETÁCULOS DE SEXTA-FEIRA (15/4)


O set de bandas desse dia foi escolhido em parceria entre a curadoria e o público do evento.

A curadoria selecionou 2 bandas, pelo critério da qualidade da linguagem dentro do gênero rock, e o público escolheu entre 3 bandas pré-selecionadas pela curadoria, pelo mesmo critério, votando na chamada pública para o evento nas redes sociais. 

A escalação ficou assim:

Abertura do evento com apresentação do grupo teatral Cultiv'art (matéria em breve)

OS GRINGOS
Conexão EUA - BRASIL, from Itajubá-MG


CIGANA
GIPSY POP-ROCK - LIMEIRA-SP


RURAL WILLYS
(atração eleita pelo público, matéria sobre a escolha em breve)

A partir de 01/4 o blogue do Grito Rock publicará matérias exclusivas sobre as atrações da festa, com pequenas entrevistas, para você conhecer melhor os artistas que vão fazer a sua cabeça em duas noites com muito do bom e velho rock and roll. Imperdível!

Acompanhe esse blogue para participar de promoções e conhecer as outras atrações do Grito Rock 2016. 

Queens Pub - Três Corações

INGRESSOS

- PACOTE 2 NOITES
R$30,00 (nos pontos de venda)

- ENTRADA AVULSA: 
R$ 20,00 (na portaria do Queens Pub, preço sujeito a alteração)

Cartão: em breve
Cheque:pré-datado até o dia 10-04 (validação do ingresso mediante a compensação)

ACOMPANHE ESSE BLOGUE E A PÁGINA DO GRITO ROCK TC NO FACEBOOK PARA CONCORRER A INGRESSOS!

Censura: 16 anos; menores de 18 devem portar a autorização tradicional, autenticada em cartório. 

PONTOS DE VENDA
(haverá em breve novos pontos de venda)

- Casa do Violão
Rua Aureliano Martins de Andrade, 135 - centro
(próximo da academia Boa Forma)
Fone: 35 - 8881-9391
Seg-Sex: 09:00-19h00

- Tecnihall Informática
Rua Tabelião Casemiro Avelar, 29 - centro
(Praça do Pelé)
Fone: 35-3232-4215
Seg-Sex: 09h00-12h30 / 13h30-18h00

- Cabana Creperia 
Av. Dep. Renato Azeredo, 416
(próximo da Fermentão)
Fone: 35-9192 4747
Quar-Sáb: após as 18h00

- Queens Pub
Av. Dep. Renato Azeredo, altura do 1200
(lá no posto Posto Ipiranga!)
Quin-Sáb: após as 18h00
Fone: 35-8819-2261

E-mail:gritodorocktc2016@gmail.com 

Curta agora um pouco de Os Gringos


+ CONTEÚDO
- 2 poemas de Renato Ribeiro Costa (poesia)
- Um prefácio por Beto Iemini (poesia e prosa)

GRITO ROCK TC 2016
6 bandas de rock, no Queens Pub
UMA FESTA E MUITO MAIS, PRA VOCÊ!

segunda-feira, 28 de março de 2016

APAE, CABANA E SORTEIO

6 bandas de rock
em Três Corações - 2 noites de festa!

Olá, amigos e amigas do Grito Rock TC 2016!

Logo mais, hoje mesmo, divulgaremos a programação do 1º dia do evento e alguns locais de venda de ingressos em Três Corações. 

Até lá, temos duas boas novas importantes: o nome do ganhador do primeiro par de ingressos sorteado pela produção. E o evento beneficente que a Cabana Creperia promoverá no dia 07/04. 

Confira!

A Cabana Creperia, uma das casas tricordianas mais antenadas com as causas sociais e os movimentos culturais de Três Corações, convida-nos a prestigiar um espetáculo colaborativo de artistas tricordianos da música, realizado em benefício da APAE da cidade.

A APAE tricordiana passa por um momento muito difícil, vive problemas de acesso a verbas federais imprescindíveis ao seu funcionamento. Do sucesso desse evento depende o futuro imediato de dezenas de famílias de pessoas com deficiência de Três Corações e região. 

Prestigie, e participe!



Atrações confirmadas para a noite beneficente:
DigoGrilo, com o Decibéis 6-3, Vivi Medeiros, LuFe Rezende, João Paulo Vilela, Filipe Sousa, Dragão de Alice, Pedro Rodrigues, Leo Rodrigues, Greyce Kelly Santana, Nicolas Avelar, Karine e Everton além de outros artistas que estão confirmando a presença. 

Uma boa festa, por uma grande causa!

Na noite de ontem (28/3), a curadoria do Grito Rock TC 2016 sorteou o primeiro par de ingressos da festa: Bruno da Silva Batista de Carvalho curtiu e compartilhou no Facebook a 1ª chamada do evento (abaixo) e levou a barbada! 

Você também pode concorrer! É fácil!

Clique aqui para acessar a página do Grito Rock TC 2016, curta e compartilhe-a. E pronto, você já estará concorrendo! 

- Ingressos: conheça os pontos de venda hoje (29) 
+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com 

+ CONTEÚDO
- 2 poemas de Renato Ribeiro Costa (poesia)
- Um prefácio por Beto Iemini (poesia e prosa)
http://www.gritodorocktc.blogspot.com.br/…/dois-poetas-tric…
+INFORMAÇÕES
gritodorocktc2016@gmail.com


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  Edição: produção Grito do Rock TC

quinta-feira, 24 de março de 2016

TODO VARGINHENSE É BICHA

Hoje, o blogue do Grito do Rock não traz um assunto inédito ou exclusivo, como tem sido frequente. Nosso assunto de hoje é polêmico, e bem-humorado. 

Nos idos de 2012, a crônica "Todo Varginhense é bicha", do cronista Lelo de Brito*, agitou a Cidade do E.T.

Após longa peregrinação da crônica pelos mais respeitáveis órgãos de imprensa em atividade na cidade, onde sua publicação foi considerada assunto psiquiátrico, prosa de doidivanas, o sempre arrojado jornal Tribuna Varginhense decidiu publicá-la: foi um sucesso!  

Divertindo ativos,  passivos, relapsos e simpatizantes, após a primeira publicação a crônica foi veiculada em outros jornais de Varginha e Três Corações, e foi parar na publicação oficial da Parada Gay de Alfenas.

Confira!

Bandeira Gay - imagem ilustrativa
TODO VARGINHENSE É BICHA

Advertência: os personagens desta crônica são reais apenas no universo da ficção, não emitem opinião sobre pessoas ou lugares.

Ao jornalista Tarso de Castro, que tinha um pacto com a vida,
e não se importava se ela não cumpria a parte dela.


Todo varginhense, seja homem ou mulher, é bicha.

Silvio Brito é bicha, o ex-prefeito Corujinha é bicha e Jorge, o editor do jornal Tribuna Varginhense, é bicha também. Karina Braga Baroni Carvalho, ex-primeira dama municipal, e Romana Serenini, são bicharocas. Antônio Silva e sua digníssima não deixam por menos: são bichas. Acayaba é o nome de uma tradicional família varginhense de juristas bichas, e a FADIVA talvez seja a primeira faculdade homoerótica de direito do Brasil. Os barões do café varginhenses são bichas que fornicam nas plantações desde os tempos do Império. E Jamaica, o cantor, e Tereza Zambotti, são bichas. Os freqüentadores do Pinga com Torresmo são bichas e, no Jardim Elétrico, dezenas de jovens bichas fazem fila todos os finais de semana para olhar a bunda uns dos outros enquanto não conseguem entrar. O E.T de Varginha é uma bicha intergaláctica, os organizadores do Festival de Cinema da cidade são bichas e o Café da Fonte é freqüentado por bichas que se consideram da alta sociedade varginhense. Nos pontos de ônibus da cidade centenas de bichas esperam pela condução todos os dias. Dimas, Poliana e Diogo Magalhães, da Banda Arkanjos, são uma família de músicos bichas. Ai que saudades eu sinto de tomar uns porres com Ivanei Salgado, jornalista varginhense bicha e grande amigo meu. Sua filha, Beatriz, desde o berço já era bicha. O Tuatha de Dannan e Betão da banda MR. Zé são bichas roqueiras. Os jogadores do BOA são bichas atléticas esbeltas e os frequentadores do VTC e do Clube Campestre são bicharocas também. O agitador cultural Michel é uma bichona desvairada. A Câmara dos Vereadores é composta por 11 bichas enrustidas. O radialista Raimundo é uma bicha folclórica e a jornalista Thayane Viana de Carvalho é uma bicha ativa na comunicação da Prefeitura. Padre Sebastião Abreu Salgado é uma bicha devota, e Mariangela Calil é a bicha que dá nome à concha acústica da Praça da Fonte. Vocês, desocupados leitor e leitora, são bichonas histéricas.

A Kátia da zona é a única heterossexual da cidade.

Bichas são sensíveis, acenam ao máximo nas despedidas e são espontâneas. Falam sobre sexo sem culpa e dançam com os braços erguidos, porque tiveram que reinventar a sexualidade e os princípios apesar da caretice dos preconceitos. Viver apesar dos preconceitos é um exercício diário de leveza, requer a sabedoria de recusar o ressentimento e levar consigo apenas o essencial.

E Varginha parece ter entendido essa lição. Para se estabelecer como um dos principais centros do Estado mineiro, além de investir em crescimento econômico a cidade se movimenta a passos largos em direção à civilização; libertando-se dos condicionamentos culturais. Varginha é uma das primeiras cidades mineiras a promover sua Parada Gay, que acontece em setembro.

Um evento assim só ganha espaço onde a sociedade compreende que ser chamado de bicha não pode soar insultuoso, deve ser antes um chamamento à tolerância e à igualdade; neste mundo povoado por subjetividades coaguladas em tradicionalismos arcaicos e que costumam morrer no ressentimento. 

Somos todos diferentes e merecemos oportunidades iguais. Sexo não tem sexo, e o amor também não. 

Todo varginhense é bicha!

*Lelo de Brito, 35 anos, é cronista e editor do blogue Costela Social

O Grito do Rock TC 2016 é uma festa e muito mais! 

+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com 


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PRODUÇÃO


quarta-feira, 23 de março de 2016

MAGOS DE MINAS

Magos de Minas 

O blogue do Grito do Rock TC 2016, enquanto prepara o anúncio das atrações do festival e dos locais de venda de ingresso, faz uma ponte preciosa, entre o mais moderno festival de música independente do calendário 2016, em Três Corações, e uma das duas principais bandas da cena autoral tricordiana nos últimos 30 anos: falamos dos Magos de Minas!

Confira!

MAGOS DE MINAS

A história dos “Magos de Minas” começa nos idos de 1997, na tricordiana Praça Odilon Rezende de Andrade, onde Rafael Resende, Leonardo Chalana e Júlio Matuck se encontravam para tocar violão, após as aulas no “Estadual” – a E. E. Américo Dias Pereira. 

Em 1999 vieram os primeiros ensaios da banda, que na formação inicial contava também com o percussionista Pablo Bertamini. Entre shows e composições, vieram para somar ao som a flautista Lívia Alves e o baterista João Carlos Pompeu (ex-Saci Lambão). 

Magos de Minas, com João (esq.) e sem Lívia
Com essa formação, exceto por Pablo Bertamini, que deixou o grupo, em 2005 a banda lançou seu primeiro trabalho: “Nossas canções”. Um disco que circulou pouco, prejudicado pela qualidade do registro sonoro, mas que trouxe para a cena musical o estilo “Magos de Minas”: um som baseado em folk music, com respiração roqueira e letras sobre o cotidiano e os universos rural e místico.



Veio então o segundo disco, “Uma outra membrana”. Lançado em 2009, o até aqui derradeiro disco dos “Magos” foi mixado pelo comemorado sonoplasta Vânius Marques, vencedor do prêmio Grammy latino da Latin Academy of Recording Arts and Science. Em 2010, Ismael Resende, irmão de Rafael, ex-Vantherleios Classic Rock, entrou para os "Magos", trazendo seu talento, o som de sua guitarra eletro-acústica e o encanto de um registro vocal consangüíneo e límpido, que, assim como o de Rafael, se robustece sem perder o cicio jamais. 

Magos de Minas - Ismael e Júlio Matuck (gaita)

Magos de Minas é uma banda vocacionada para os hits. 
(disponíveis em links ao final da matéria)

A balada “Olhar de Maria”, além de “Um reggae pra você”, “Estação de São Thomé” e “Na medida” logo caíram nos ouvidos e na boca do povo; requisitadas nas rádios da região e cantadas nos shows pelo público. 

Na estrada, a canção “Membrana” venceu uma edição do Festival da Canção de São Thomé das Letras; “Maluco de estrada” foi eleita a de maior comunicação com o público no Festival de Música de Cruzília; e “Um reggae pra você” e
“Quero um mundo distante” alcançaram o 2º posto em outras edições do Festival da Canção de S. T. das Letras. A sonoridade telúrica das 21 canções dos Magos de Minas levou a banda a dividir programas musicais com expoentes do cancioneiro brasileiro do quilate de Cordel do fogo encantado, Alceu Valença, Wilson Sideral e Oswaldo Montenegro.

Em grande dispersão, demasiado longe do caldeirão, os “Magos” pouco têm se apresentado nos últimos anos, tendo sido a última apresentação em 2015, em evento privado, da órbita afetiva dos integrantes da banda. Ausência lamentável para música no Sul de Minas.

Afinal, pelo menos nos últimos 30 anos, os “Magos de Minas” e a banda “Saci Lambão” foram as trupes musicais que, com som próprio, botaram o pé na estrada desde Três Corações com maior repercussão e mito: o som dos caras está na memória afetiva de gerações do Sul de Minas. 

Magos de Minas
"Saci Lambão", "Magos de Minas" e outras bandas, vá lá.  Digamos assim para aplacar o ciúme. “Lá vai porva” tinha tudo estar entre eles, entre nós, se não houvesse tido uma vida tão curta. Mas aí o assunto já é outro, são outras histórias. 

Algumas delas você conhecerá aqui! 

Até lá, e até amanhã, fique com 20 minutos de um show dos magos e conheça todas as canções da banda no Palco MP3, link´s abaixo. 

Show dos Magos de Minas, editado 20 min.

Canal da banda no Palco MP3 



+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com 


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Magos de Minas - Estação de São Thomé

Edição: produção Grito do Rock TC.
Colaboraram com informações: Leonardo Chalana e Ismael Resende.
Fotografias: da internet. 

terça-feira, 22 de março de 2016

SEXO FRÁGIL (?)

Alessandra Cacau na guitarra
O Grito do Rock 2016 traz para você mais um conteúdo exclusivo, inédito na Internet. 

Nosso assunto de hoje é a música, e não a só música, mas o rock, e não só o rock, mas o rock feito só por mulheres.

E nem podia ser diferente: o Grito do Rock 2016 é o Grito D’ELLAS**.

Meus amigos e minhas amigas, vamos agora lembrar sete mulheres que, há 18 anos, em Três Corações, decidiram se juntar para tocar um rock and roll de alta voltagem!

Eis a banda:

SEXO FRÁGIL

Sexo Frágil em sua maior formação
Por muito tempo o rock na roll, tanto quanto os balcões de bar, foi território exclusivo dos humanóides machos – essa espécie barbuda e de índole questionável. Coisas de um passado não muito remoto, e que vem sendo modificado pela força de mulheres inquietas, como as que apresentaremos agora. 

Pergunte ao grande fã de rock mais próximo de sua casa quais são as bandas com vocal feminino de que ele é capaz de se lembrar. Provavelmente não haverá dificuldade para listar alguns nomes: de Mutantes à Fleetwood Mac, passando por Kid Abelha (sim, é rock, pop rock) e Arch Enemy, muitas trupes do rock tiveram memoráveis vocalistas. 

Mas, porém, todavia, contudo e entretanto, se você pedir uma lista de bandas formadas somente por mulheres as coisas tenderão se complicar. 

Como é mesmo o nome daquela?

Exceto, é claro, se a conversa estiver sendo travada entre mineiros. Aí, é provável que surja logo o nome de uma banda tricordiana dos anos 1990: Sexo Frágil. 

SEXO FRÁGIL - 1998
A Sexo frágil nasceu em novembro de 1998, com Alessandra Cacau e Ariadne nas guitarras, Fernanda Luciane no contrabaixo, Ana Maria na bateria, Bartira na percussão e Milena e Marivone nos vocais. Com um repertório pesado, baseado nas grandes canções e bandas dos anos de 1980 e 1990, elas galgaram ligeiro um bom espaço na cena independente, e muito respeito.

Primeira banda feminina de rock de Três Corações e uma das pioneiras no Sul de Minas, a Sexo Frágil foi, sobretudo, uma tremenda inspiração para uma geração inteira de jovens, de ambos os sexos, que à época não contavam ainda com a Internet para cambiar informações sobre a condição da mulher no mundo e nas artes. E a banda fazia isso com uma militância totalmente implícita, subjazente à presença delas em cena, levando o bom e velho rock and roll. 

Com o fim da banda, na virada do Século, as histórias destas garotas que quebravam tudo nos palcos e nadavam nuas na piscina de graves hotéis mineiros ficaram na memória e nos corações dos fãs do rock e da liberdade. 

Fernanda no contrabaixo
Sem dúvida, se hoje nos preparamos para o III Grito do Rock em TC devemos o espaço também a elas, que, 18 anos atrás, com boa música e ousadia, ampliaram o espaço das mulheres e também o do rock em nossa região.

Por influência delas e para homenageá-las, no espírito do Grito D'ELLAS, a curadoria do Grito do Rock TC 2016 selecionou um espetáculo de rock feito só por mulheres. Em breve, essa e as outras atrações serão apresentadas a você, aqui mesmo. Não perca!


+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com 


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**A 14° edição do Festival Grito Rock traz a Campanha de Mulheres do Grito, que conecta e auxilia produtoras e produtores de todo o mundo, promovendo a ação de igualdade de gêneros na realização do festival em cada cidade. Chamada de Grito D’ELLAS, a campanha tem iniciativas como Espaço Pra Todxs!, Cine Ella, Empodera e As Minas No Rolê, cada uma delas voltadas para estimular a valorização das mulheres dentro da programação do festival.

Edição e redação: produção Grito do Rock TC 2016
Colaborou com informações e fotografias : Alessandra Cacau 

PRODUÇÃO E REALIZAÇÃO

segunda-feira, 21 de março de 2016

CULTV'ART


Teatro - imagem ilustrativa / fonte: Hoje em Dia
O Grito do Rock TC 2016 traz o teatro para a boca de cena!

O grupo tricordiano Cultv'art, força jovem da dramaturgia em Três Corações, está preparando um espetáculo especial para receber você na abertura do evento!

Em breve traremos outras informações sobre o Cultiv'art no Grito do Rock TC. Até lá, conheça mais do grupo teatral! 



Cultiv'art e Rodrigo E. (dir), produtor do Grito do Rock TC

O Cultiv'art acaba de nascer, a partir do desejo e do sonho de quatro amigos apaixonados pela vida e pelo teatro. Dedicados à arte milenar da representação, eles decidiram armar a própria lona amarela e pôr o circo na estrada. Um teste de elenco trouxe outros sete integrantes para a trupe. Atualmente, eles ensaiam três vezes por semana e fazem um ensaio aberto, em praça pública, a cada quinze dias. Uma vez ao mês, o atrevido grupo leva textos poéticos e polêmicos às ruas de Três Corações, em intervenções que mexem com a opinião pública e alteram o pulso da cidade. “O teatro é uma arte, e uma arma”, que Cultiv’art aponta para o mundo, para você. 

Confira, amanhã, outro conteúdo exclusivo sobre a música e as artes em Três Corações!





Edição: produção Grito do Rock TC
+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com 

domingo, 20 de março de 2016

CRONIQUETA




Você já sabe, o blogue do Grito do Rock 2016 está aqui para trazer um pouco do melhor da música e das artes em Três Corações! 

Na próxima semana, teatro, cinema e música serão os nossos assuntos. Hoje, domingo, dia consagrado à cronica por leitores e jornais, apresentamos também o nosso bom prosador: Lelo de Brito, cronista e colaborador do Grito do Rock. 

Na crônica "Lucian Freud", abaixo, ele mistura biografia e invenção em uma história deliciosa sobre dois grandes artistas descendentes de Sigmund Freud, o pai da psicanálise.   


Boa diversão!

cadeia alimentar

LUCIAN FREUD

Por Lelo de Brito*

Quando Jane McAdam Freud era criança, durante anos – talvez três - manteve uma fazenda em seu quarto. Potros, gado, patos, onças e gatos de plástico, terras aradas feitas com guardanapos de pano, uma picape amarela de fabricação italiana e um trator alemão de ferro compunham a sua gleba. 


Na modorra das tardes sem fim, sem que sua mãe soubesse Freud fazia chover na fazenda com o regador. Ocasiões em que, para evitar a inundação do quarto, construía diques com três panos de chão enrolados, que eram também as serras e o horizonte daquele universo. Apenas o porquinho-cofre escapava das chuvas, pois Freud temia que as moedas enferrujassem. Ademais, o suíno de porcelana era gigantesco se comparado com os outros seres da fazenda: sonhá-lo como parte da fauna exigia da imaginação uma volta a mais no torniquete do real. 

Mas foi porque certo dia tomou o porquinho-cofre nas mãos e o sentiu pesado demais que Freud decidiu apostar todas as fichas na pecuária. Trocou uma rês por dois novilhos a cada final de manhã de terça-feira; começou barganhando todo o gado azul. Ela já não tinha boi-tatá sequer quando se convenceu de que os bezerros de plástico jamais cresceriam. Foi um golpe duro para ela ser traída pela inocência. 

Seu bisavô, Sigmund Freud, levava os dias a ler e a conversar com gente esquisita, e virava as noites escrevendo cartas e tratados. Segundo o folclore da família ele comia mal, dormia pouco e se divertia aconselhando os amigos mais mancebos, para chocá-los; - bata na sua mãe enquanto ela é jovem! 

Jane MacAdam, adulta, veio a dedicar-se à escultura. Nunca lhe ocorreu entalhar uma fazenda, mas é de sua autoria um rosto assaz misterioso: o lado esquerdo da cabeçorra dorme imperturbavelmente, mas não sonha, está morto; o lado direito tem o olho vivo, curioso; a boca é de tal modo que, vista de frente, exprime fúria. Ninguém ignora que se trata do rosto do pintor Lucian Freud, seu pai. Quando posou para a filha o velho Freud já padecia, faleceu pouco depois.




Jane M. Freud  e sua escultura / fotografia: Folha de SP
*Lelo de Brito, 35 anos, é cronista e edita o blogue Costela Social. 

+ CONTEÚDO


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quinta-feira, 17 de março de 2016

Poemas de Renato Ribeiro Costa

Hieronymus Bosh 

Olá!

Na postagem de ontem o Grito do Rock TC 2016 apresentou um documento da poesia em Três Corações inédito na Internet: o prefácio do poeta Roberto Iemini de Carvalho ao livro "Poemas" (1992), de Renato Ribeiro Costa* (1943-1999). Da mesma obra, selecionamos dois belos poemas para você! 

LUZ
Para o Beto, Rimbaud e outras luzes 

Quero debruçar-me sobre vossas pegadas 
e prestar-vos uma reverência. 

Só agora eu, corsário das trevas, 
selo o corcel que cavalgais há já alguns verões; 

A ursa-mental iluminou-se feericamente e
quer devorar toda a porção. 

Embriaguemo-nos até o fim, a qualquer custo,
Para que assim, mais tarde, eu possa encontrar meu leste. 

(14/04/1992)


POEMA CRÔNICO 
Já sei dos abismos e profundezas e do lado escuro desta vida.
Já provei do vinho amargo e venho comendo o pão que o diabo amassou,
Já me preocupei demasiado com a evolução das espécies, com a tragédia
de Strindberg e com o por quê já havia sinais de aeronaves nos quadros de
Hyeronimus Bosh. 
Parti do zero e deparei com nada.
Agora basta.
Estou farto desses monstrengos que realizaram proezas fantásticas 
e fizeram de suas vidas uma existência estúpida e insuportável.
Chega de fardos pesados, de sofrimentos inúteis e 
de fustigações sem sentido. 
Existe em mim uma infância que precisa ser redimida.
Sejamos todos do nosso tamanho. Sigamos Carlitos.
Essa é a única forma de condição humana que me interessa.
A vida é. E pronto.
Deixemo-nos apenas viver, é o que importa.

Agora venha cá. Jogue todo esse intelectualismo besta
pela janela e falemos de futilidades. 
Ah! Isso é bom!
Me conte uma piada suja, o mexerico da semana e me diga
se o Jorginho Caveira ainda é o melhor taco da cidade.
Depois me sirva um café bem quente, sente-se aqui no meu colo
e faça um cafuné gostoso, que vou te dizer como foi o jogo de
domingo que terminou em pancadaria.  
Me dê um beijo gripado, me contamine, me adoeça,
que é pra gente ficar de cama uma semana pelo menos,
conversando fiado ou jogando porrinha, só pro tempo passar.
E depois me leve para viajar de trem, caminhar pelas vilas
ou pescar lambaris lá no riacho, bem à tardinha.  
É o que te peço.
Me dê o simples, o pouco, o pequeno, mas aqui, nas minhas mãos,
para que eu possa apalpá-los,
Só isso.
O resto é miragem, e que vá para o inferno.

(18/05/1983)

Álvaro Renato Ribeiro Costa*
Mais conhecido como Renato Ribeiro Costa, era filho de José Ribeiro Costa e D. Maria Neder Ribeiro Costa. Nasceu em Três Corações em 18 de abril de 1943. Depois de concluir seus estudos ingressou no Banco do Brasil, trabalhando nesta instituição bancária até sua aposentadoria. Casou-se com Maria Rita Campos Costa e não deixou descendentes. Gostava de escrever por amor a arte, era poeta consagrado, tendo escrito centenas de poemas, os quais foram publicados em todos os periódicos de nossa região e em outras plagas. Recebeu um elogio no “Suplemento Literário do Jornal de Minas Gerais” entre muitos outros jornias. Publicou três livros nos quais se concentram uma boa parte de seus poemas e poesias. Muitas de suas poesias estão ainda inéditas e estão sendo selecionadas pela sua esposa Maria Rita, que mais tarde pretende publicá-las. O poeta deixou um vazio na poesia tricordiana e em todos seus familiares e amigos, quando partiu para junto dos anjos em 23 de julho de 1999.



Confira, amanhã, outro conteúdo exclusivo sobre a música e as artes em Três Corações!





PRODUÇÃO
Edição: produção Grito do Rock TC
+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com 

quarta-feira, 16 de março de 2016

DOIS POETAS TRICORDIANOS

Capa de obra de Renato R.C. (1996)
Fotografia: Jean Caic 
Para marcar o lançamento (mundial!) do blogue do Grito do Rock TC 2016, a produção do evento foi buscar em silenciosas bibliotecas um documento até aqui inédito na Internet. 

Um elo perdido da poesia, fora de catálogo, composto em Três Corações, com memórias que testemunham a passagem da arte da palavra de uma geração a outra, a partir do amoroso encontro de dois poetas tricordianos.  

O Grito do Rock TC, orgulhosamente, apresenta dois poetas malditos, deuses-meninos que esticaram os olhos imaginosos além das curvas do Rio Verde, rumo à terceira margem, a margem da linguagem que sonha, a poesia.

Preparem seus corações!

Com vocês, Renato Ribeiro Costa* (1943-1999) por Roberto Iemini de Carvalho! 

(Um dos prefácios ao livro “Renato Ribeiro Costa, poemas”: coletânea de poemas escolhidos pelo autor, publicada em 1992) 

A primeira lembrança que tenho de Renato Ribeiro Costa, de nossos primeiros contatos, por volta de 1975, é a de ser ele um poeta palpável. Explico: adolescente interessado em literatura, para nosso grupo (pouco mais do que eu e Felipe Campos Rezende), Renato já era um ícone, o primeiro poeta conhecido que podíamos tocar fisicamente e que não se furtava às nossas tímidas aproximações. Muito ao contrário, nos dedicava (e aos nossos incipientes produtos poéticos) toda a sua atenção sem se arvorar em guru. Me apresentou, entre outros, aos abismos essenciais de Lautrémont e Henry Miller, e mais: espantosamente nos confiava originais para ler, considerando com verdadeiro interesse as impressões infantis que podíamos articular sobre eles. Coisa de poeta, para quem a superfície do significado é apenas o indício do desconhecido. 

Pois bem, 17 anos depois surge esse livro reunindo poemas escolhidos por Renato Ribeiro Costa, acervo que cobre mais de 20 anos de sua experiência poética, guardando uma unidade surpreendente. Tal fato é significativo. Apesar do reconhecimento explícito que lhe dedicou o “Suplemento Literário de Minas Gerais”, publicando com destaque vários poemas seus (em espaço só concedido aos grandes poetas brasileiros e estrangeiros), Renato Ribeiro Costa pouco publicou além do âmbito municipal. Fiel à natureza de sua expressão, que privilegia “o pouco, o pequeno, mas aqui, nas minhas mãos, para que eu possa apalpá-los”, o poeta nunca sentiu necessidade de expor suas jóias reluzentes muito além das lavras onde as colheu. 

Mas, apesar de ligado visceralmente ao seu quintal, pretendendo “ter ficado por aqui mesmo, junto às jabuticabeiras, bem perto do meu chão”, foi cedo atraído pelo Zaratustra e por “outros barqueiros que moravam no outro lado do rio.”

E é nessa outra margem, onde vislumbra o reconhecimento do real, guiado por ventos interiores, rumo a um porto sequer sonhado pela maioria dos homens, lá é que o poeta recria o seu mundo. Esse ousar a travessia é o próprio motor da aventura poética de Renato Ribeiro Costa. 

Múltiplo, senhor de várias vozes, aprofunda a vivência do interior (ou melhor, interiores) revelando o universo, a aldeia onde vivemos.  Tradição que em poesia, tanto quanto no misticismo, se funda na noção de que “o universo está contido num grão de areia.” Possuidor dessa visão, Renato Ribeiro Costa fala do mundo mesmo sem sair da cidade, matéria-prima constante, e espelho, no qual busca seu rosto. – E o nosso. 

Formalmente, Renato Ribeiro Costa é toda aldeia. Serve-se de uma linguagem derivada do modernismo clássico, cortejando um Carlos Drummond. Utiliza as palavras de forma a ingressar no terreno da filosofia. Privilegia o significado, mas pouco explora a palavra enquanto coisa, signo que também se manifesta em ritmo, cor, som, etc. Abordagem que, no entanto, basta aos seus propósitos: pois sem ousar no plano lingüístico, ainda assim incendeia suas visões no fogo da razão e mergulha dentro da tradição em busca do tempo, do seu significado; em busca da infância, esse interminável e obscuro sonho perdido ...

Confrontando o que nos tornamos quando descobrimos – por um segundo que resta – o inevitável mistério de estar vivo, Renato Ribeiro Costa expõe o interior de si e o de Minas, a universal. E assim inventa uma humanidade com a qual possamos sonhar. 

E aqui, nas nossas mãos, para poder tocá-la ... 
Beto Iemini, 1992  


Poema da obra Temporão, de Renato R. C. (1996)
Fotografia: Jean Caic


BIOGRAFIA
*Álvaro Renato Ribeiro Costa
Mais conhecido como Renato Ribeiro Costa, era filho de José Ribeiro Costa e D. Maria Neder Ribeiro Costa. Nasceu em Três Corações em 18 de abril de 1943. Depois de concluir seus estudos ingressou no Banco do Brasil, trabalhando nesta instituição bancária até sua aposentadoria. Casou-se com Maria Rita Campos Costa e não deixou descendentes. Gostava de escrever por amor a arte, era poeta consagrado, tendo escrito centenas de poemas, os quais foram publicados em todos os periódicos de nossa região e em outras plagas. Recebeu um elogio no “Suplemento Literário do Jornal de Minas Gerais” entre muitos outros jornias. Publicou três livros nos quais se concentram uma boa parte de seus poemas e poesias. Muitas de suas poesias estão ainda inéditas e estão sendo selecionadas pela sua esposa Maria Rita, que mais tarde pretende publicá-las. O poeta deixou um vazio na poesia tricordiana e em todos seus familiares e amigos, quando partiu para junto dos anjos em 23 de julho de 1999.






Edição: produção Grito do Rock TC
A obra "Renato Ribeiro Costa, poemas", foi cedida gentilmente por Ricardo Marcato. 
+ Informações: gritodorocktc2016@gmail.com